
the show must go on
jerôme bel/ colaboração
Em The show must go on, Jérôme Bel disseca os mecanismos do “espetáculo” colocando em cena 20 intérpretes, entre profissionais e pessoas comuns, ao som de hits internacionais dos últimos 30 anos. Ele brinca com as expectativas da representação e o efeito de espelho entre bailarinos e espectadores. Enquanto a maior parte das dramaturgias exige do espectador uma atenção fragmentada, a magia de The show must go on, como em muitas peças de Jérôme Bel, nasce do que o artista oferece: o tempo e o espaço para ver, para ser capturado, para encontrar o foco de interesse. A uniformidade da linha, a plasticidade trabalhada pelos intérpretes, as transformações no quadro, a facilidade do movimento.
Jérôme Bel mora em Paris e trabalha no mundo todo. nom donné par l’auteur (1994) é uma coreografia de objetos. Jérôme Bel (1995) é baseada na nudez total dos performers. Shirtology (1997) apresenta um ator que usa muitas camisetas. The last performance (1998) cita um solo da coreógrafa Susanne Linke, assim como Hamlet e André Agassi. Xavier Le Roy (2000) foi apropriada por Jérôme Bel como sua, mas na verdade foi coreografada por Xavier Le Roy. The show must go on (2001) reúne vinte performers, dezenove músicas pop e um DJ. Véronique Doisneau (2004) é um solo sobre o trabalho de Véronique Doisneau, da Ópera de Paris. Isabel Torres (2005), para o ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, é a sua versão brasileira. Pichet Klunchun and myself (2005) foi criada em Bangkok com o dançarino tradicional tailandês Pichet Klunchun. Segue Cédric Andrieux (2009), dançarino de Merce Cunningham. 3Abschied (2010) é uma colaboração entre Anne Teresa De Keersmaeker e Jérôme Bel baseada na música The Song of the Earth, de Gustav Mahler. Disabled Theater (2012) é uma peça com a companhia Theater Hora, de Zurique, composta por atores profissionais com dificuldades de aprendizado. Cour d’honneur (2013) encena quatorze espectadores da Cour d’honneur of the Palais des Papes em Avignon. Em Gala (2015), o coreógrafo reúne profissionais da dança e amadores de diferentes procedências. Em Tombe (2016), performance criada à convite da Ópera Nacional de Paris, Jérôme Bel propõe que alguns dançarinos do ballet convidem para um dueto a pessoa com quem nunca dividiriam o palco.
As apresentações do espetáculo The Show Must Go On no Rio de Janeiro são parte do projeto FranceDanse, com apoio do Institut Français, do Consulado Geral da França no Rio e da Funarte.
ficha técnica
Concepção e direção: Jérôme Bel
Coreógrafos assistentes: Dina ed Dik & Henrique Neves
Direção executiva: Rebeca Lee
Assistentes: Frédéric Seguette e Olga de Soto
Assistentes para montagem local: Dia Ed Dik e Henrique Neves
Casting: Barbara Van Lindt e Jérôme Bel
Direção técnica: Gilles Gentner
Intérpretes: Renato Linhares, Pablo Essay, Marcelle Morgan, Keyna Eleison, Fábio Osório, Dyone Boy, Cristina Becker, André Martins, Thais Alves do Nascimento, Luar Maria, Isadora Malta, Fabíola Oliveira, Ana Luiza Renner, André Romiszowski, Breno Viola, Fellipe Monteiro, Fernando Rubano, Gabriel Lima, Mickael Veloso, Maruan Sipert, Waldney Souza